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Estrutura de comunidades marinhas

O que faz com que algumas comunidades suportem uma grande diversidade enquanto outras são dominadas por uma ou poucas espécies?

 

Qual a importância de processos determinísticos e estocásticos para a estrutura e sucessão das comunidades?

 

Essas são algumas das perguntas que tentamos compreender através de experimentação em campo, usando substrato artificial. Comunidades incrustantes são excelentes modelos para testar teorias ecológicas, pois são facilmente manipuladas e se desenvolvem em curto intervalo de tempo.

 

História de vida de organismos marinhos

Organismos marinhos apresentam grande plasticidade na forma como investem na produção da prole. Essa plasticidade esta sujeita a seleção natural e  é o resultado da interação entre o genótipo e as condições ambientais às quais os organismos estão sujeitos.

 

Para compreender os mecanismos pelos quais a plasticidade fenotípica se manifesta e a contribuição de caracteres plásticos para o processo evolutivo, nós sujeitamos clones a diferentes condições ambientais  e quantificamos a importância dessas condições, sejam elas naturais ou antrópicas, para a determinação do fenótipo e da aptidão de organismos sésseis como ascídias e briozoários.

Diversidade morfológica e funcional

Análises que abordem a diversidade de linhagens evolutivas, formas de vida e variações fenotípicas dos organismos vão além da riqueza e abundância de espécies. Enquanto a diversidade de espécies e linhagens evolutivas fornecem informações sobre a história de colonização e ocupação de determinados hábitats, a diversidade morfológica chama a atenção, pois muitas vezes está diretamente relacionada à função dos organismos em seus ambientes.

 

Tal relação pode ser um reflexo da existência real de uma conexão causal entre design e performance, influenciando a aptidão. Neste contexto, a ecomorfologia pode ser definida como “o estudo das consequências funcionais e ecológicas da biodiversidade”. Além disso, os chamados “grupos funcionais” podem ser mais importantes que os parâmetros usualmente utilizados para as descrições das comunidades e ecossistemas, por estarem diretamente relacionados aos seus funcionamentos.

 

Sendo assim, o principal objetivo desta linha é estudar as relações entre a diversidade morfológica e funcional/ecológica dos organismos, em um contexto ecológico e evolutivo, identificando espécies-chave e compreendendo seus papeis nos sistemas naturais, assim como os fatores que permitem a coexistência, inclusive de organismos filogeneticamente próximos.

Antropização da região costeira

Desde sempre as maiores populações humanas se estabeleceram na região costeira ou próximo desta. Isso faz com que essa região de transição entre o ambiente marinho e o terrestre seja uma das mais afetadas pelo homem. 


Construções como portos, marinas e espigões e as modificações promovidas por essas construções alteram as condições físicas e bióticas às quais os ecossistemas costeiros estão sujeitos, além de aumentar a disponibilidade de substrato para organismos incrustantes. Com isso é muito comum a alteração da estrutura trófica de comunidades bentônicas e nectônicas nessas regiões, frequentemente com a introdução de espécies exóticas que podem causar grandes prejuízos ecológicos e econômicos.

Para entender e propor ações para mitigar esses impactos nós trabalhamos com organismos incrustantes e nectônicos como modelos para testar como podemos melhorar nossa relação de uso e conservação da região costeira.

Grupo de Ecologia Experimental Marinha
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